De cama, há já um bom par de dias, a C. vai alternando os estudos com a leitura.
Para o contrato de leitura, escolheu A Volta ao Mundo em 80 Dias de Jules Verne (Ed. Bertrand).
Durante o primeiro período tem de ler a obra para, em Dezembro, fazer uma apresentação oral à turma.
Falará sobre o autor e a história em si. Inclui a apresentação da capa, da lombada e da contra-capa.
Não sei se este programa vigora em todas as escolas. Acho-o muito bom.
Menos bom é ler o nome do autor traduzido para português.
Haverá alguma razão para aportuguesar os nomes de autores?
Não estando habituada a comer peixe do rio, as minhas incursões à praça de Mértola são sempre uma aventura.
Salvo raras excepções, o peixe do Guadiana tem muitas espinhas. É preciso saber prepará-lo e comê-lo. Muitas das vezes, na culinária regional, o peixe é frito. Acompanha as sopas ou açordas. Na nossa dieta alimentar, os fritos não entram em casa. Por essa razão, fiquei surpreendida quando vi o pescador preparar umas bogas para serem grelhadas na brasa.
Limpou o peixe e embora ficasse inteiro, deu-lhe uns golpes dum lado e de outro, todos regulares pela espinha abaixo (foi o que mais me chamou a atenção). Segui o conselho para que, quando o peixe chegasse à boca, não ter que encontrar tantas espinhas.
Esfrega-se o peixe com sal grosso e leva-se à brasa.
Num almofariz, esmagam-se os alhos, coentros e limões. Besunta-se o peixe grelhado com este preparado.
É uma delícia.
E espinhas?
Só se for por acaso!
Ontem, neste microclima mais andaluz que alentejano, já o lavrador, antecipando a chuva prevista, andava a amanhar a terra. Sabedoria ancestral do camponês.
Eu, quando vejo sapos caminhando pelas ruas e lesmas a trepar as paredes do poço, indiciam-me a chegada das chuvas.
Mas hoje foi um chuvão!
Ouro a cair do céu. Em poucas horas, o poço encheu para níveis só alcançados após um ano.
Ter agora 15 anos e ter tantas incertezas.
Ouço um "quero", seguido mais tarde por um "não quero", voltando atrás na palavra vezes sem conta.
Finalmente, fizemos o piquenique. Juntamos os amigos. Os nossos, os delas.
E como é de praxe nos dias de anos, houve uma caça ao tesouro, seguindo pistas através esta linda paisagem!
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Hoje de manhã, elaborei um moelleux au chocolat convicta que tinha miniaturas para enfeitar o bolo de anos da J.
As romãs têm um efeito mágico e casam na perfeição com o chocolate.
Fui arranjar a máquina de costura da minha vizinha. Arranjar será dizer muito mas, seguindo o livro de instruções, fui capaz de pôr a máquina a funcionar. A minha vizinha anda feliz. Reaproveita a roupa da mãe para fazer aventais e batas para andar dentro de casa.
Quanto a mim, prometi a mim mesma que não avançaria com mais nenhum projecto até acabar esta manta. O tempo voa e não vejo a hora de a pôr a uso.