É uma escola cheia de luz. Tem vidraças por todos os lados.
Numa infeliz brincadeira de "tu não entras, travo-te a porta", e ela numa prova de força, "entro sim senhor"... esticou o braço contra o vidro da porta da sala de geografia.
Será escusado entrar em pormenores. O braço atravessou o vidro. A M. levou 11 pontos.
Todos os anos os vidros partem-se. São simples vidros.
Nada de vidros duplos, nada de vidros lâminados.
O vidro foi substituído.
No toque do intervalo, as crianças correm, jogam à bola. Abrem-se portas, fecham-se outras.
O seguro da escola não contempla os danos cometidos pelos alunos.
Há que responsabilizar a criança e aos pais de pagar o vidro.
Mas não será esse o problema.
Será concebível a escola não ter um seguro que abrange este tipo de danos?
Será concebível arquitectar uma escola que não seja feita à escala da vida da criança?
Será concebível baixar a voz e aguardar outro acidente para despertar a consciência?
Sobre um linho de Santo António, como afirmou uma senhora alentejana, criei mais um estojo específico para os acessórios de tricot.
Gosto cada vez mais de juntar tecidos antigos com contemporâneos.
O estojo está disponível na loja.
No cesto estavam as últimas pêras de Agosto.
Aproveitei a estadia dos meus pais para, numa cozinha a quatro mãos, fazer o doce de pêra da minha infância.
Para cada quilo de pêra, a Mutti acrescentou 700 gr. de açúcar.
Para os 3 quilos de pêra, curtou 2 paús de baunilha em pedaços pequenos .
O todo macerou durante umas 12 horas ao fresco.
De manhã cozeram em lume brando. Um momento mágico onde os cheiros subtis perfumaram a casa.
Depois é só escolher o método de conservar.
Para conservar os doces, uso tanto este método como este e este, mas o meu preferido é certamente aquele que vou agora explicar.
É um método ainda utilizado em França e não só, mas que perde adeptos porque o doce dificilmente viaja ao invés deste. Mas têm uma característica que aprecio bastante, tal como o vinho, vai amadurecendo e afinando com o envelhecimento.
Depois de 2 ou 3 anos, o doce fica mais sólido, perdendo da sua massa líquida e se tal acontecer, bastará acrescentar um pouco de chá quente na altura de consumí-lo.
O método de conservar é portanto simples.
Quando o doce ainda está quente, coloca-se uma folha de papel celofane cuja superfície foi previamente humidificada. Estica-se muito bem pelos 4 cantos do papel e coloca-se um elástico à volta do frasco.
Nunca consegui encontrar as embalagens à venda em Portugal, mas curiosamente estão disponíveis aqui.
Ando à procura dum mosaico hidráulico para a cozinha da outra casa. Não só a forma, como a cor. Não é fácil, nada fácil sobretudo quando o espaço ainda está em fase de idealização e tenho de admitir que quanto mais vejo chãos de mosaicos, mais fico hesitante. É muito importante abstrair-se, desconstruir para novamente edificar.
Exemplo disso, é esta manta que não tarda vou alcochoar e cujo desenho é a reprodução deste tão simples mosaico hidráulico que um dia encontrei na entrada dum prédio numa rua da cidade Invicta.
A palavra caviar evoca para mim requintadas sensações. No entanto, reconheço que soa a pretenciosismo, snobismo ou mundanismo.
Caviar, é chique, et pour cause!
Com o que sobrou da colheita (mas ainda há muito mais na horta), fiz um caviar de beringela aconchegada numa massa folhada. O ambiente é de festa!
O caviar de beringela, quente, acompanha muito bem grelhados; frio, é servido em aperitivo como "toast".
Um video aqui explica como grelhar as beringelas no forno.
Um video aqui para finalizar o caviar.
A receita é bastante simples e o sucesso garantido!